Medicina
Síndrome do pânico: entenda os sintomas e o que a condição pode causar
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A síndrome do pânico é uma condição mental, relacionada com crises agudas de ansiedade, medo e desespero. Um problema grave, que pode atingir qualquer pessoa, em qualquer momento da vida. Algo capaz de desencadear sintomas físicos e emocionais que comprometem o bem-estar do paciente.
E foi no documentário da Netflix, “É o Amor” – que mostra o dia a dia da família Camargo -, onde o público e os fãs notaram algo diferente na cantora Wanessa Camargo. Por diversas vezes é possível ver algumas crises e surtos que a cantora costuma enfrentar. Em uma das cenas, inclusive, ela é vista no banheiro sendo confortada por seu pai, Zezé Di Camargo.
“Quando começou isso, a minha mãe achou que era frescura, meu pai achou que era frescura e os meus amigos também. Eu não desejo isso nem para o meu inimigo. Parece que você está ficando louca e viver essa loucura é assustador porque você fica com medo de perder você”, revelou Wanessa em um dos trechos de “É o Amor”.
Entenda o que é a síndrome do pânico
“A síndrome do pânico aparece quando a pessoa já se preocupa em não ter outros ataques de pânico e, com isso, modifica seu comportamento para tentar evitar as crises. Em média, de 2% a 3% da população brasileira sofre com essa síndrome, sendo que as mulheres possuem maior propensão em relação aos homens”, explica Deise Cristina Gomes, psicóloga forense e especialista em TDHA, ansiedade e depressão.
Principais sintomas
Como dito anteriormente, os sintomas da síndrome do pânico não se limitam apenas aos distúrbios mentais e psicológicos. O problema também costuma se manifestar no corpo do paciente. Confira os principais sintomas da condição:
- Dor ou desconforto no tórax;
- Sensação de engasgo;
- Náuseas, dores gástricas ou diarreia;
- Sensação de dormência ou formigamento;
- Palpitações ou frequência cardíaca acelerada;
- Falta de ar ou sensação de asfixia;
- Sudorese;
- Tremores ou espasmos;
- Vertigens, instabilidade postural ou desmaios;
- Medo de morrer;
- Receio de enlouquecer ou de perder o controle;
- Sensações de irrealidade, estranhamento ou distanciamento do meio em que vive;
- Agitação ou arrepios.
“Os sintomas podem chegar ao seu ápice, ou seja, em seu limite, em no máximo 10 minutos e desaparecerem em alguns minutos. Por essa razão, o diagnóstico é difícil. O que, para o paciente, é aterrorizador, já que os ataques de pânico podem ocorrer sem motivo aparente”, completa a psicóloga.
Diagnóstico e importância do tratamento
Por ser difícil de identificar uma possível síndrome do pânico, a recomendação é que, ao sentir qualquer um dos sintomas listados acima, o paciente procure ajuda médica imediatamente. Um profissional devidamente capacitado realizará exames para verificar se existem outras doenças.
Em caso de ausência de problemas físicos, o indivíduo será encaminhado para uma avaliação psicológica e poderá ser diagnosticado com a síndrome do pânico. “Com a psicoterapia, a pessoa vai obtendo maior controle sobre a duração e a frequência dos ataques de pânico. É instruída a não evitar situações que provocam ataques de pânico; reconhecer quando seus medos não têm justificativa e reagir ao ataque ao respirar de modo lento e controlado, ou usar outras técnicas que promovem o relaxamento”, revela Deise.
“Ao menor sinal de medo, fobia e pânico, procure ajuda. Esse transtorno do pânico é uma doença como tantas outras e, quanto mais cedo ele for diagnosticado, mais adequada será a resposta ao tratamento. Ao menor sinal de alteração de comportamento de alguém que você conheça, seja na escola, trabalho, ou em casa, ajude”, finaliza a psicóloga.
Terra.com.br